quinta-feira, 19 de setembro de 2013

MÉTODOS DE ENSINO DE JESUS - Isis Nascimento da Silva

MÉTODOS DE ENSINO DE JESUS

Isis Nascimento da Silva

RESUMO
Dentre os títulos de tratamento mais frequentemente aplicados a Jesus nos Evangelhos, podemos destacar o termo “mestre”. O ministério de Jesus foi, sobretudo, o do ensino. Jesus, por onde passava, criava situações que visavam o aprendizado daqueles que o cercavam e seguiam.  Os Evangelhos estão repletos de referências ao ensino de Jesus, e o conteúdo do seu ensino não dizia respeito apenas à salvação, mas também à justiça; isto é, Ele não estava preocupado apenas em ensinar as pessoas a obterem a salvação, mas igualmente procurava ensiná-las a viver. O presente texto tem como objetivo fornecer informações sobre a metodologia que Jesus frequentemente usava com os seus discípulos e interlocutores. Ele ensinava com clareza e objetividade as coisas concernentes ao reino de Deus. O ministério de ensino desenvolvido por Jesus revela o Seu desejo de que os Seus seguidores entendessem o conteúdo de sua fé e progredissem em conhecimento espiritual.
Palavras-chave: Ensino. Mestre. Evangelho. Metodologia. Exemplo.


INTRODUÇÃO

O ministério de Jesus teve abrangência total em todas as áreas da vida humana. Para atender às necessidades do povo, Jesus fazia três coisas: ensinava, pregava e curava (Mt 9.35).
Ele preocupou-se com o ensino, da mesma forma como fez com relação à pregação do reino de Deus.
Também se preocupou em minimizar o sofrimento das pessoas curando-as, libertando-as e consolando-as.
Seus ensinamentos eram de tal maneira ministrados, que todos os ouvintes ficavam perplexos e maravilhados pela convicção, sabedoria e autoridade como os transmitia (Lc 4.32).
Pela pregação Ele anunciava as boas novas de salvação; pelo ensino, edificava a fé dos que criam, e pelos milagres, manifestava Seu poder, Sua divindade e glorificava ao Pai. Esse mesmo ministério tríplice foi ordenado e confiado à Igreja (Mt 28.19; Mc 16.15,18).

1JESUS FOI O GRANDE MESTRE

A mensagem de Cristo era a expressão da autoridade de um ensinador autêntico da palavra de Deus, que, no princípio, criou o Universo, e tem poder para estabelecer uma nova vida naquele que recebe com fé e obediência.
Das 90 vezes que alguém se dirigiu a Cristo nos Evangelhos, 60 vezes Ele é chamado de “Mestre”. Tornou-se conhecido como Mestre, mesmo por aqueles que não demonstravam simpatia por Ele, graças à Sua sabedoria e o Seu poder.
Entende-se que a maior preocupação quando ensinava era que houvesse, de fato, mudança verdadeira de comportamento, não só dos discípulos, mas de todos aqueles que criam em Suas palavras.
Desejava que as pessoas aprendessem a amar a Deus e ao próximo como a si mesmas (Mc 12.30,31; Mt 19.19); que soubessem praticar o perdão, a misericórdia e a justiça (Mt 5). Só assim seriam bem-aventurados.
Instruía constantemente seus discípulos, quanto à conduta espiritual (Mt 6.33). Como deveriam orar (Mt 6.9-18) e como deveriam portar-se diante do mundo (Mt 5.13-16).
Usava métodos diversos para se fazer entendido. Ora ensinava por parábolas (Lc 11.5-10); ora utilizava motivação visual (Mt 6.25-28); em outra ocasião se valia de um exemplo (Mc 12.41-44); em outros casos fazia questionamento acerca do assunto para ouvir respostas (Jo 4.7-26) e acrescentar os seus ensinamentos. Jesus conhecia a matéria que ensinava e também os seus alunos e o que havia de bom neles.
Nicodemos disse a Jesus: “Sabemos que és mestre vindo da parte de Deus(Jo 3.2). Atualmente, à semelhança de Nicodemos, milhares de pessoas afirmam o mesmo em relação ao Senhor. Aquele fariseu chamou Jesus “Rabi”, que significa um grande ensinador.
Ele, de fato, foi o Mestre dos mestres. O Rabi por excelência.

2CARACTERÍSTICAS DO ENSINO DE JESUS

Para ensinar e também para pregar, Jesus comparecia costumeiramente às sinagogas (Lc 4.14-32; Mc 6.2), ocasião em que todos se maravilhavam com suas palavras persuasivas. Além das sinagogas, o Senhor Jesus ensinava e pregava em qualquer lugar onde tivesse ouvintes: casas particulares (Mc 2.1; Lc 5.17); no templo (Mc 12.35); nas aldeias (Mc 6.6); às multidões (Mc 6.34); a pequenos grupos e individualmente (Lc 24.27; Jo caps. 3 e 4).
Mudava o tom da pregação de acordo com a necessidade de quem ouvia; às vezes com a ternura e a compaixão daquele que sente a dor e necessidade do próximo; ora advertindo com indignação; outras vezes com um tom generoso; ou reprovando e profetizando juízo. Às vezes, em tom solene. Em outros momentos com conversa familiar. Mas sempre dotado de expressão de amor e de compaixão.
Ninguém jamais transmitiu ensinos tão profundos quanto aos de Jesus. Seus ensinos foram os mais simples, e alcançaram todas as classes sociais. As verdades mais profundas e sérias eram expostas com um caráter de pura revelação dos mistérios de Deus ao povo humilde. Em frases curtas, expunha as verdades mais profundas a respeito da Lei e da Graça, do futuro e da eternidade, do Céu e do inferno.
Suas palavras produziam nos ouvintes o impacto capaz de despertar as consciências adormecidas, conduzindo-as à realidade dos deveres para com Deus. Foi capaz de resumir toda a lei e ordenanças do Antigo Testamento em dois preceitos que ocuparam pequeníssimo espaço (Mt 22.37-40). Ilustrou com parábolas comuns, e os imprimia na mente e na consciência dos ouvintes, levando-os a confessar: “Jamais alguém falou como esse homem(Jo 7.46).
Seus ensinos tinham abrangência universal, pois foram transmitidos para os judeus e todos os povos, em qualquer lugar e época. Muito longe de serem filosofias complicadas, seus ensinos apontavam a solução para os problemas de todas as classes, e vinham ao encontro das necessidades de todos os homens. A clareza de pensamentos e ilustrações práticas que assinalavam os ensinos de Jesus tornaram-nos adaptáveis às crianças e aos velhos, a pescadores e mestres da lei, no Seu tempo e em nossos dias.

3OS MÉTODOS DE ENSINO DE JESUS

Jesus não esboçava o Seu ensino em ordem didática. Ele ensinava conforme a ocasião lhe oferecia a oportunidade. Isto não quer dizer que respondesse ao acaso. Dava Suas respostas, segundo Sua prévia experiência com Deus e com os homens. Cristo possuía mente penetrante e célebre em encontrar o centro vital das questões.
Utilizou a linguagem do povo, fez uso de figuras familiares, comuns e inteligíveis; Jesus fazia palestras, contava histórias,utilizava frequentemente o método de perguntas e respostas, utilizava debates e discussões, no Seu ensinonão especulou e nem falou com arrodeio. Ele ensinava para ter resultados práticos. Não lidava com hipóteses. Visava o tornar a vida mais eficiente, útil, bela e pura. Seu falar era franco, para que não houvesse dúvida.
 Ele procurava um ponto de contato entre a Sua mente e o modo de pensar dos que O ouviam. Conduzia o pensamento dos ouvintes às regiões mais altas. Isto percebemos, essencialmente, na preparação dos apóstolos. Primeiro, pelo ensino sobre o reino que Ele viera estabelecer. Segundo, sobre as qualidades do Instaurador do Reino. Era um Mestre misericordioso, amigo dos pobres e sofredores. Isto lhes ensinou a expulsar os demônios, curar os enfermos, ressuscitar os mortos e fartar os famintos no deserto.
As mensagens de Cristo produziam em seus ouvintes atitudes definidas. Ao Mestre interessava também a qualidade da Sua palavra. Não deixava os ouvintes em segundo plano. Ensinava-lhes como usar, na vida diária, o que lhes transmitiu. O ensino era para Jesus o instrumento e não o fim. Por isso, sua mensagem era precisa, perscrutadora, penetrante como espada de dois gumes. Suas palavras não alcançavam só o intelecto dos ouvintes, mas, principalmente o coração. Eles eram ministrados no poder do Espírito Santo, qual resplendor de luz a dissipar as trevas das dúvidas, implantando no seu coração profunda convicção da verdade.
Aos que O censuravam por comer com publicanos e pecadores, respondeu que os sãos não precisam de médicos, e sim os doentes (Mt 9.12). Aos fariseus proferiu a parábola do Bom Samaritano, que lhes ensinou uma grande lição de vida. Mostrou-lhes que o nosso próximo é todo aquele que precisa de auxílio, amor, conforto e carinho (Lc 10.25-37).

4A CORAGEM DO MESTRE

Tem surgido um sem número de mestres, religiosos ou seculares, sempre prontos a “subornar” seus primeiros seguidores. Mas Jesus não fez grandes promessas quando começou seu ministério. Segundo a Bíblia, quando chamava seus seguidores, limitava-se a dizer-lhe: “Segui-me(Jo 1.43). Mais surpreendente ainda é o fato de que Ele não usava qualquer influência para promover Sua causa.
João conta a história de Nicodemos chegando à noite para visitar Jesus. Ele descreve Nicodemos como sendo “um dos principais dos judeus” (Jo 3.1). Membro de uma seita religiosa das mais conservadoras, cujo nome significa “aqueles que são separados”, João tenciona chamar a atenção dos leitores para o fato de que aquele homem que estava procurando Jesus não era uma pessoa qualquer.Imaginem que dividendos renderia tê-lo como um dos primeiros a se converter!Jesus ouviu as palavras gentis de Nicodemos: “Rabi, sabemos que És Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não estiver com ele”(Jo3.2).Jesus olhou de frente para aquele líder religioso, competente e conceituado, e disse-lhe apenas: “É preciso nascer de novo”. Jesus fez a Nicodemos uma exigência espiritual.
A hora escolhida por Nicodemos para encontrar-se com Jesus indica que um homem na sua posição havia de sentir-se envergonhado de ser visto em público com aquele novo rabi controvertido, de nome Jesus.Jesus poderia ter sido absorvido pela lisonja. Poderia ter dito: “Estou honrado com sua presença aqui”. Falando da maneira com que falou, Jesus mostrou coragem, audácia e compaixão. Não se preocupou em ir contra o “sistema” e nem ridicularizou Nicodemos.
A sociedade recebe de braços abertos os elementos da igreja que aceitam sem relutância todos os tipos de crença. Nossa cultura é receptiva aos líderes de igreja que não fazem exigências morais rigorosas. O mundo atual parece sempre disposto a receber uma cristandade sem força moral,irresoluta, que vê Deus em tudo e tudo em Deus. Mas esse não é o estilo de Jesus. O estilo de Jesus exige coragem — para falar a verdade em amor.Se alguma coisa aprendemos do estilo de Jesus, é que a verdade vem acima de tudo. Jesus nunca lançou mão de meios escusos para conseguir“vender mais”. Ele não facilitou as coisas com promessas.Às vezes, chegou mesmo a desencorajar candidatos a segui-lo,mostrando as dificuldades e o preço do discipulado. Não desejava queabraçassem a nova fé ignorando o que o futuro reservava para os seusseguidores.
Não precisamos de mais moralistas na nossa sociedade atual; omundo está cheio deles. Precisamos, sim, de mestres que nos conduzamcorajosamente, que conheçam a verdade e a proclamem sem medo. Nãoprecisamos que nos digam quais são as nossas abnegações; precisamos dacoragem de Cristo para fazer aquilo que já sabemos muito bem quedevemos fazer.

5O PERDÃO DO MESTRE

Nenhum outro episódio da Bíblia mostra tão bem o lado bondoso e perdoador de Jesus como a história da mulher flagrada em adultério (Jo 7.53-8.11).Como aquela mulher deve ter-se sentido acuada em meio a todos aqueles homens pressionando-a! O medo, a dor e a culpa devem ter sido horríveis. No entanto, Jesus tratou-a como pessoa e não como objeto.Jesus não repreendeu a mulher com um sermão a respeito da sua imoralidade, como muitos líderes poderiam fazer atualmente. Ele não tentou convencê-la dos prejuízos que, com aquela atitude, ela havia causado a si mesma e à sua família.
Primeiro, ele a aceitou. “Mulher, onde estão àqueles teus acusadores”? Ninguém te condenou? (Jo 8.10). Com isso Jesus mostrou que estava ciente doseu pecado, sem, contudo, tornar ainda mais pesado seu fardo.Jesus falou com dureza aos que negavam seus pecados e procuravam esconder suas falhas. Mas os que já se achavam sobrecarregados de sofrimento e abalados pelo sentimento das faltas cometidas, a estes, Jesus encorajava. Jesus condenava o pecado, mas, com toda compaixão,levantava o pecador.
Qual foi a segunda coisa que Jesus fez por aquela mulher? Ele a perdoou.“Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais”(v.11). Nessas poucas palavras Jesus disse tudo que ela precisava ouvir. Fez com que ela soubesse que havia sido perdoada, mas preveniu-a para não voltar acometer o mesmo erro.
Os cristãos primitivos aprenderam a perdoar através do exemplo do próprio Jesus. Nos momentos mais sombrios de sua vida, ele suplicou ao Pai que perdoasse seus executores. Um ano mais tarde, o primeiro mártir cristão que conhecemos Estevão, fez a mesma coisa.Enquanto estava sendo atingido por grandes pedras, que lhe tiraram avida orava: “Não lhes imputes este pecado” (At 7.60).O perdão não diz apenas: “Não tenho nada contra você. Deseja também que o culpado seja perdoado por Deus. Às vezes achamos muito difícil pedir e desejar de coração que seja assim. Mas, como Jesus e Estevão nos mostraram, não é impossível”.


6OS COSTUMES E O MESTRE

No Evangelho de João 5.1-15 está registrado algo notável que Jesusfez. Um homem enfermo por trinta e oito anos, de uma enfermidade que odeixava inválido, jazia à beira do tanque de Betesda. Jesus chegou até junto do inválido e perguntou-lhe: “Queres ser curado?”(V.6.). Ele queria, e Jesus o curou.“E aquele dia era sábado” (v.9). Depois dacura, o homem pegou o leito onde havia estado por tanto tempo e saiu emdireção à sua casa.Tão logo os líderes religiosos ficaram sabendo da cura, não se detiveram um instante sequer para se alegrarem. Ao contrário,ficaram zangados. E disseram ao homem: “Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito” (v.10).
Na época de Jesus, as instituições religiosas já tinham se tornado um complexo de regras e regulamentos, que escravizavam as pessoas. Jesus rompeu com esses costumes. Aos olhos deles Jesus havia cometido um dos piores pecados. Havia violado a lei do Sabbath, e eles não podiam deixar passar em branco uma coisa dessas. Jesus tentou mostrar-lhes a diferença entre fazer bom uso das regras e abusar delas, entre ajudaras pessoas e escravizá-las, e aproveitou a ocasião para informar aos seus ouvintes do seu relacionamento exclusivo com o Pai.Esse incidente não foi criado para estimular as pessoas a desobedecerem às leis constantemente ou para ficarem contra o “sistema”. Pelo contrário, o que Jesus queria era mostrarmuito claramente que as pessoas tem prioridade sobre os regulamentos.
Jesus coloca as pessoas em primeiro lugar e os regulamentos em segundo. As necessidades humanas vêm primeiro, as tradições depois. O reino de Deus vem primeiro — e tudo mais vem depois. As pessoas que seguem o ensino de Jesus não rompem com tradições só por fazê-lo. Os costumes e as tradições podem trazer grandes benefícios.Geralmente, foram adotados por boas razões. Mas quando o costumeinterfere nos interesses e necessidades humanas, devemos pôr de lado os regulamentos.

7O MESTRE E A VERDADE

Jesus não apenas ensinou que deveríamos dizer a verdade; ele personificou a própria verdade. Depois de ter sido traído, nosso Senhor compareceu perante o sumo-sacerdote e foi por ele interrogado.Interessante notar que, qualquer que tenha sido o tamanho da lista de acusações feitas contra ele, não consta a de mentiroso. Seus inimigos disseram que ele havia blasfemado quando disse ser igual a Deus; disseramque estava possesso do demônio; acusaram-no de trabalhar no dia sagrado do descanso, porque havia feito uma cura naquele dia. Mas mesmo os seus piores detratores nunca conseguiram apanhá-lo mentindo — porque elefalava apenas a verdade.
Precisamos seguir o exemplo de Jesus nesse particular.Ele falou a verdade, mesmo quando a popularidade exigia uma mentira. Falou a verdade mesmo quando isso acarretava o risco de ser abandonado pelas multidões (Jo 6.66). Falou a verdade porque ele é a própria verdade, e não pode negar a Si mesmo.Para muitos a luta pela sinceridade pode ser uma batalha para a vidatoda. Isto quer dizer que devem estar sempre alertas, perseguindo esseobjetivo, tendo, porém, diante de si o exemplo do caminho, a verdade e avida.

8A GENEROSIDADE DO MESTRE

Um acontecimento que ilustra a atitude generosa de Jesus Cristo é oepisódio onde ele alimentou os 5.000 (Jo 6.1-14). Jesus pegou o alimento que serviria de refeição a um menino emultiplicou aquela pequena quantidade de maneira a alimentar toda amultidão que o havia seguido. Os autores dizem 5.000 homens, o que talvez signifique que não incluíram as mulheres e crianças presentes.Esse milagre demonstra a generosidade de Jesus em prover as necessidades das pessoas. Ele poderia ter mandado a multidão embora.Poderia ter-lhes prevenido, naquela manhã, que o dia seria longo e que elesnão teriam alimento. Poderia ter-se omitido — “não é problema meu”.Os discípulos, que eram realistas, reconheceram que as pessoas deviam estar com fome, e se preocuparam com elas. Mas do ponto de vistadeles, Jesus não tinha responsabilidade para com aquela multidão; ele nãohavia chamado ninguém para segui-lo. Fizeram, portanto uma sugestão sensata: mandar as pessoas para casa antes que ficasse muito escuro.Quem iria culpar Jesus se ele fizesse isso? Seria per feitamentenatural para todos. Mas Jesus não os mandou embora; deu-lhes o que precisavam. E aí está a generosidade de Jesus.Ele dá mesmo quando não temos direito a reclamações, quando não há razão para pedir, a até quando não estamos esperando nada.Jesus deu àquelas pessoas o que elas não podiam obter por si mesmas.Nesse caso, foi alimento. Para o cego em João 9, foi a visão. Na festa de casamento em João 2, os convidados não tinham razão para esperar que Jesus lhes desse vinho. Mas Jesus, num ato de generosidade, supriu-os do que havia de melhor.







CONCLUSÃO

No término do sermão do monte, Mateus registra o seguinte: “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam às multidões maravilhadas de sua doutrina; porque Ele a ensinava com quem tem autoridade e não como os escribas” (Mt 7.28,29).
O que distinguia os ensinos de Jesus com os ensinos dos escribas e fariseus era a autoridade com que Ele ensinava. A autoridade da mensagem de Cristo era decorrente do fato de se exemplificar em Sua própria vida. Ele viveu o que ensinou e ensinou o que viveu. Seus ouvintes entendiam melhor o poder da fé, mais pelo Seu exemplo do que pelo Seu ensino, pois a Sua vida e Seus feitos demonstravam visivelmente Sua confiança em Deus, para triunfar em todas as circunstâncias adversas. Ensinou o valor da oração, e Ele mesmo passava a noite orando (Lc 6.12); o dever de perdoar, e perdoou solenemente, durante a Sua vida, até a morte. Lucas, ao relatar a Teófilo o ministério do Mestre, coloca em primeiro lugar a ação e depois a palavra, ressaltando o que “Jesus fez e ensinou” (At 1.1). Não eram assim os escribas e fariseus, os produtos do que tinham em mente, eram destituídos de vida e poder. No entanto, a doutrina de Jesus possuía força de decreto da autoridade competente. Suas lições eram leis; suas mensagens, mandamentos.


REFERÊNCIAS
SILVA, Antônio Gilberto da.Manual da escola dominical: um curso de treinamento para professores iniciantes e de atualização de atualização de professores veteranos da escola dominical. 17 ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1998. 256 p. ISBN 852630207-8
YOUSSEF, Michael. O estilo de liderança de jesus: como desenvolver as qualidades de liderança do bom pastor. Trad. De Ruth Vieira Ferreira. Minas Gerais: Editora Betânia, 1987. 168 p.
COHEN, Walmir. Etapas da vida de jesus. Lições da Bíblia. Rio de Janeiro, n. 3, p. 35-37, 2005. Trimestral. ISSN 1807-4227.
HOLANDA, André. Compromisso. Rio de Janeiro, n. 46, p. 33, 34, 2003. Trimestral.
SOUZA, Estevam Ângelo de. Jesus cristo: ferido de deus. Lições Bíblicas. Rio de Janeiro, p. 55-59, 1994. Trimestral.
LIMA, Elinaldo Renovato de. Os ensinamentos de Jesus para o homem atual. Lições Bíblicas. Rio de Janeiro, p.49, 2000. Trimestral.


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