terça-feira, 22 de outubro de 2013

O SERMÃO DO MONTE Auvard Amâncio Ribeiro

O SERMÃO DO MONTE

Auvard Amâncio Ribeiro1

Resumo:O evangelista descreve que Jesus, vendo aquelas multidões, subiu à montanha e sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele, e é aí que Ele começou a pregar o seu famoso Sermão do Monte (Mt 4:23 até o Cap. 7). O Senhor vem ensinarsobre como deve ser o carácter do verdadeiro cristão e o seu comportamento diante das adversidades da vida a que estamos sujeitos diariamente e qual deva ser o seu comportamento diante de cada situação.
No estudo do livro de Hohden, intitulado O sermão da Montanha, o autor vem destacar, juntamente com a Palavra do Senhor, que importa saber possuir os bens materiais que o Senhor nos oferece e não sermos possuídos pelos bens.
Ser rico ou ser pobre são status que se apresentam ao homem de um modo geral, geralmente provindo de sua classe social ou conseguido através de muito suor e muito esforço para se conseguir uma boa qualidade de vida, e do desperdiço, fracasso, situação familiar em que nasceu no caso daqueles que tem menor poder financeiro, contudo o autor nos mostra que à arte de saber ser rico ou de ser pobre, é algo que nos produzimos, de dentro. O que nos faz bons ou maus não é aquilo que nos acontece, mas sim o que nós mesmos fazemos e somos.
Palavras-chaves:Sermão do Monte. O Livro de Mateus.





1. O Sermão da Montanha é um longo discurso de Jesus Cristo que pode ser lido no Evangelho de Mateus, mais precisamente do Capítulo 4, versículo 23, até o final do Capítulo 7. Nestes discursos, Jesus Cristo profere lições de conduta e moral, ditando os princípios que normatizam e orienta a verdadeira vida cristã, uma vida que conduz a humanidade ao Reino de Deus e que põe em prática a vontade de Deus, e que leva à verdadeira libertação do homem. Estes discursos podem ser considerados por isso como um resumo dos ensinamentos de Jesus  a respeito do Reino de Deus, do acesso ao Reino e da transformação que esse Reino produz.
Além de importantes princípios ético-morais, pode-se notar que grandes revelações, pois aquilo que muitas vezes é tido por ruim, por desagradável, diante de Deus é o que realmente vai levar muitos à verdadeira felicidade. Esta passagem forma um paradoxo, contrariando a ideia de muitos e mais uma vez mostrando  que “...Deus não vê, como o homem vê, o homem vê a aparência, mas Deus sonda o coração” (Samuel 16:7)
No Sermão da Montanha o evangelista está a apresentar Jesus Cristo como o novo Moisés, daí o discurso ser proferido numa montanha (talvez, apenas uma colina), pois Moisés tinha recebido os 10 Mandamentos no monte Sinai. Mas Jesus não veio para abolir a Lei ou os Profetas, mas sim completa-los na sua íntegra (Mt 5:17).
As Bem-aventuranças duas são o anúncio da verdadeira felicidade porque proclamam a verdadeira e plena libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino de Deus através da palavra e ação de Jesus, que tornam a justiça divina presente no mundo. A verdadeira justiça para aqueles que são inúteis, pobres ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime. As Bem-aventuranças revela também o carácter das pessoas que pertencem ao Reino de Deus, exortando as pessoas a seguir este carácter exemplar.
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurado os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os Defensores da Paz, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.”
2.Jesus, através das metáforas de Sal e Luz, revela a enorme força do testemunho e a importantefunção dos discípulos, especialmente dos pregadores, que é sobretudo preservar e proteger a humanidade contra as influências malignas da corrupção e da maldade(a função do Sal) e ajudar a humanidade a conhecer, através da sua fé e seu bom exemplo iluminador, o caminha da salvação (a função da Luz).
Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal perder o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para coloca-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a Deus vosso Pai que está nos céus.
Jesus revaloriza e reinterpreta pro vezes de forma antitética, a Lei de Deus na sua íntegra, particularmente dos 10 Mandamentos, tendo por objetivo levá-los à perfeição (Mt. 5:48).
Não julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas. Não vim para os abolir mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça  um jota, um traço da Lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos Céus. Mas aquela que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos Céus. Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.
Jesus, a seguir à reinterpretação da Lei de Deus, começa a condenar a ostentação na prática de  obras fundamentais do Judaísmo, que são esmola, o jejum e a oração. Ele não pretende condenar a observância fiel e honesta destas boas obras e o bom exemplo que estas ações produzem, mas somente o vão desejo de ostentar em frente de outras pessoas. Ele alerta para o facto de, se a finalidade das pessoas que praticam estas obras é ostentar, eles já foram recompensados na Terra por outros homens que as elogiaram.
“Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu”.

CONCLUSÃO

Como vimos na introdução, o evangelista Mateus procurou passar os ensinamentos do Senhor Jesus, ensinamentos que são contrários ao pensamento do homemnatural, do homem carnal, que ainda não “nasceu de novo”, visto que estes ensinamentos em razão natural do homem, jamais poderiam ser aceitos. Como pode ser visto através deste artigo, os ensinamentos do Sermão do Monte, que Deus não nos vê como o homem nos vê, mas que Deus vê o coração do homem e este poder a nenhum homem foi dado. Concluímos que na lógica de Deus é diferente da lógica humana, principalmente quando Jesus ensina em suas revelações, que aquilo que muitas vezes é tido por ruim, por desagradável, diante de Deus é o que realmente vai levar muitos à verdadeira felicidade.





REFERÊNCIAS

HOHDEN, O Sermão da Montanha, Editora Martin Claret Ltda – Rua Alegrete, nº.62 Sumaré – Caixa Postal 9897, CEP. 01254-000, São Paulo-SP.
WIKIPÉDIA – pesquisa através da Internet – Sermão da Montanha.



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